Brasileira. Pós-Doutora em Filosofia pela Universidade Federal Fluminense e em Teoria Psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Doutora em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e pela Université Paris Nanterre (cotutela). Mestre em Teoria Psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Psicóloga e psicanalista.
Brasileiro. Doutorando em Filosofia pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFF, Mestre em Filosofia pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFF (2019) e Licenciado em Ciências Sociais pela UFF (2017).
Em O Anti-Édipo, especialmente no terceiro capítulo deste livro, Deleuze e Guattari sustentam que a cada máquina social corresponde um regime de representação que se assenta sobre os fluxos de desejo: a máquina territorial primitiva opera por codificação, a máquina imperial despótica, por sobrecodificação, e a máquina civilizada capitalista, por descodificação e axiomatização. Isso faz com que o uso da língua varie historicamente e conforme a formação social. Neste artigo, buscamos caracterizar cada um desses regimes de signos e detalhar o modo como a representação se organiza na superfície de cada um dos tipos de socius. Neste esforço, recorremos por vezes a autores da linguística que inspiraram Deleuze e Guattari, a saber, Saussure e Hjelmslev, no intuito de lançar luz sobre a relação entre língua e socius no âmbito deste livro.
Citas
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