Stela Maris da Silva. Pós-Doutora em Filosofia, mestre em Psicologia, graduada em Filosofia; atua na Universidade Estadual do Paraná- Campus Curitiba II, Curitiba Pr. Brasil, como docente e pesquisadora no Programa de Pós- Graduação em Filosofia – PROF-FILO, Campus União da Vitória e em diferentes cursos de Graduação na área de artes com interesses no campo da Filosofia contemporânea francesa, em especial Michel Foucault, e arte; É pesquisadora do Grupo de Pesquisa Interdisciplinar em Arte e do Grupo de Filosofia Francesa Contemporânea do DGP do Brasil. Foi membro do Conselho Estadual de Cultura. Possui publicações na área da filosofia, ética e estética.
Algumas das noções fundamentais deixadas por Foucault para pensarmos sobre a atualização do presente são a de experiência e de deslocamento. Tomando como o fio condutor a atualização do tema suicídio, o objetivo desse texto é pensar com Foucault, a partir dos estudos que ele realizou sobre a Antiguidade, em especial em Sêneca, quanto ao deslocamento do valor binário de salvação da vida ante a morte, para uma prática de si como processo, no cuidado de si, como parresía cínica, ou seja, o suicídio em sua verdade escandalosa. Observado por Foucault, tal deslocamento aparece, por exemplo, nos posicionamentos de Sêneca ao considerar covardia o fato de esperar a morte de modo passivo, sem se saber qual delas se prolonga, se a vida ou a morte. Na Antiguidade, os cínicos eram uma expressão da parresía e afrontavam as pessoas com seus valores. Desvelavam aquilo que a cegueira do assujeitamento não as permite enxergar.
Citas
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