Tendo aporte nas reflexões de Michel Foucault acerca da arte liberal de governar como quadro geral da biopolítica e do neoliberalismo como um modo de conduzir os indivíduos, propõe-se uma genealogia do neoliberalismo na educação brasileira para explorar a hipótese de que a racionalidade neoliberal se instaura no pensamento educacional brasileiro já na década de 1970, diferentemente do que é consagrado no campo das políticas educacionais como tendo surgido na década de 1990. Para isso, são focalizadas relações acadêmico-teóricas estabelecidas entre o economista anarcocapitalista Theodore William Schultz e o brasileiro Carlos Geraldo Langoni, cujas formulações introduzem o neoliberalismo no debate educacional brasileiro, ampliando o conceito de capital, de modo a englobar a formação educacional como investimento para o desenvolvimento econômico.